quinta-feira, 3 de junho de 2010

14 comentários:

Zaw At Ski disse...

"Eu posso ser do jeito que você quiser, depende da forma como VOCÊ quer me ver."

À vezes, aos olhos, o mínimo nos basta e, por pouco, se alcança a essência. Então, a tarde insiste e, antes do fim, se basta. Você espera a noite pra ver se ela tem brilho e, de repente, distante, ela brilha. O suficiente pra qualquer coincidência fazer história, truque de mágica ou fantasia - ainda assim você duvida. É quando amanhece, e acima de tudo, alguma coisa ainda paira. Você guarda, inventa um final porque não tem opção e não quer achar nenhuma outra saída - é a essência, não há dúvida, mas só você acredita.

bjs!
.fábio

Zaw At Ski disse...

Adorei esse seu mundo gauche! Acho que a idéia inicial de ter um blog era mesmo essa. Marcar impressões! E você faz isso muito bem. Gostei também dos poemas. Os que estão sem assinatura são teus???
Apesar de ter optado pelo haikai desconstruído entre os vazios e a desconstrução da foto 3x4, acho que as palavras do seu perfil também definem minha essência criptografada, que ainda assim busca marcar impressões, por mais estranhas que se mostrem quando impressas. Bom, adorei! Adoro coisas especiais: e você veste bem o adjetivo! (Elogio suspeito de outro gauche "flaneur" e anarquista!)

Bj!
.fábio

Gauche gauchíta disse...

Ahhhh... Q bacana tudo o q disse! Olha só... fiquei viajando nesta tua resposta do primeiro comentário,kkkk.
Depois Tu vai ter q m dizer mais algo sobre hein..pode ser?!

Mas T respondendo o q perguntou dos poemas--> a maioria dos meus tem meus nomes msm. Este em espanhol no és mio (sniff).
Mas eu tenho mtos...Eu gosto mais dos meus antigos... de 2008.

Bjs! ;)

Eu acho q tô Krecendo de + umas "flanagens" uma hora eu escrevo mais, huahuah!

Zaw At Ski disse...

Quer que eu explique? Não sei se consigo, rs!!! Talvez você já tenha uma explicação bem melhor do que qualquer coisa que eu tente. Escrevo como um criptograma, é preciso encontrar as palavras chaves, imagens e lembranças que tenham algum significado que talvez o desvende, como a tarde e o desconhecido, a noite e as luzes distantes, algo que pela manhã paira, talvez sobre a cabeça ou sobre as núvens... falo sobre perceber um pouco da essência em pouco tempo, em poucos detalhes, em poucas palavras, em poucas horas do dia, no final da noite, no início da manhã... um "pouco" que basta para deixar algo por acontecer, qualquer coisa que não se sabe, quanto pesa ou quanto vale, mas faz valer o momento.

Até mais (escre)ver!

Gauche gauchíta disse...

É! Queria só ver + o q Tu iria escrever aí por q achei bem interessante, eu admito msm haha...

Vou ter q dizer então, mais uma coisa ... Ñ sei se o que tu disses poderia ser aplicado às pessoas em (todos) os casos. Como Vc pôde ver, eu (FUJO) deste mundo "cartesiano" e em muito acharia estranho se tudo fosse assim facilmente decodificável e "determinado", como números. Sentiria-me (NUA) perante o mundo... o contraditório, que admito...é q por vezes gostaria mesmo q fosse assim, por q eu também poderia ver as pessoas da mesma forma q elas estavam me vendo: (NUA) e através de um pouco me olhar já tocar nesta tal essência minha. Eu também poderia fazer isso...

Zaw At Ski disse...

Engraçado você falar de um universo cartesiano, pois eu estava falando justamente sobre isso em uma aula esses dias. E acho que você pegou um ponto importante dessa conversa. Sabe, minha idéia de um conjunto de poemas visto como um criptograma que insinua revelar algo sobre o autor ou apontar algo comum na relação com os leitores, remete a uma razão lógica e matemática, como a visão normativa e científicista pregada em Descartes. Mas o que eu tento alí é uma "contradição" entre um universo caótico e outro universo binário (zero ou um, certo ou errado, isso ou aquilo, caractér ou espaço). Uma contradição que se estabelece no ilimitado dos "vazios" (como vc já havia sacado antes) - a busca, às cegas e sem objetivos definidos (como o caminhar do flaneur), por uma síntese haicaística que não limite o leitor, mas, ao contrário, abra espaço para novas possibilidades de leitura. Talvez a nudez a qual você se refere esteja nos detalhes em aberto, ainda por se construir, e não em um "todo" revelado, aparentemente esbalecido como algo pronto, que tenta ser universal e acaba se massificando para se inserir no universo binário (eu ou o outro, o meu certo ou o seu errado). Esse binarísmo matemático da conduta humana é confortável, mas extremamente excludente. É nesta exclusão que o gauche encontra seu "quase-conforto" no contraditório. Drummond não era um desregrado como Baudelaire ou Leminski, mas se via gauche sendo um exímio e passífico funcionário público. Aí esta a contradição de Drummond: inserido, mas não encaixado; dentro, mas não formatado. Acho que a nudez não está no espelho (seja o seu espelho ou o dos outros, tanto faz) que mostra uma tentativa de parecer inserido em algo, mas naquilo que se revela nos detalhes do fosco das paredes que lhe fazem ser aquilo que você está tentando ser, algo que se confunde com nossa sombra. De fato, não se trata uma nudez nítida, porque não "somos", estamos sempre "sendo". É o peso de uma consciência que não te faz feliz nem triste, nem falso ou verdadeiro, e que, ainda assim, é uma posição, ainda que não aceite também o centro, porque nele também nos encontramos passivos (e isso não nos basta, porque nos acomoda). A liberdade nos foje como a felicidade aos extremísmos binários dos formatados, por isso não há motivos para se encaixar, custe lá o que isso nos venha custar! Abraço!

Gauche gauchíta disse...

Ihhhh, Olha só q coincidência então, huahuah! :)
Poxa...Eu realmente ñ creio msm neste "todo revelado" aí por q nem acredito em todo (absoluto) em nenhuma ocasião, ainda mais quando tudo muda sempre. É vero...

Só suspeito d q agente possui esta tendência de pensar assim, por q é mais confortável msmo sabe...nos momentos do presente.

Porém,
posso me apelidar uma Gauche aí então, no sentido d q eu ñ consigo e me incomoda msm, ser dessa forma q infelizmente é como a maioria dos q eu vejo (mas minha visão tbm pode se enganar)... em relação a isso do cartesianismo.

Mas tbm, acredito ser uma tendência natural talvez... do homem pensar assim.

Gauche gauchíta disse...

Ouuuu ñ Kra... talvez o q falei há pouco, nem eu mesma reconheça q é só é uma forma de escapar do um certo medo de rótulos ou simples estigmas, ñ só pra mim, mas isso a outras pessoas.

Zaw At Ski disse...

Opa! O trabalho me tirou das flanagens virtuais, mas voltando ao nosso colóquio...

Aline diz: "Ouuuuuuu não Kra..."

Taí a contradição do gauche, gauchita! Se insere, se posta como tal, mas logo se vê contradizendo os instintos. O gauche escapa porque não crê na razão imposta. Ele é capaz de acreditar e duvidar ao mesmo tempo. Pois só o que o institnto lhe diz lhe apraz, ao contradizer o mundo das escolhas massificadas! A praticidade da crença enlatada substitui a experiência viva nos detalhes. Fujimos dos rótulos, correndo pra outros, e logo nos vemos estrangeiros entre os rotulados da modernidade. A experiência é forjada, já vem pronta, está nas prosas, nas crônicas e nos romances. O gauche bebe da fonte e opta pela poesia, que é contraditória por excelência. Dá margens aos erros, para experimentá-los, dizendo muito em poucas palavras. Uma posição que se defende com argumentos vagos e busca beleza nos efeitos da frase, não na moral das histórias, onde a razão imposta é cartesiana e forja uma realidade fixa e interpretada por especialista, enquanto somos variáveis e, quase sempre, indecifráveis! O próprio rótulo "gauche" é contraditório em sua definição. Poderia, mesmo, alguém ser gauche na vida, como dizia drummond? "Vida" é muita coisa e vira e mexe, lá estamos nós "contraditos" e "encaixados"! Bjs!!!

Gauche gauchíta disse...

Ah sim, acho q sei um pouco como é isso... há poucos dias fiquei até uma hora da madruga trabalhando em uns artigos lá na faculdade com uns professores com quem trabalho (do sábado pra o domingo).
Masssssssss D X em quando eu tenho q dar umas escapadas disso tudo pra alimentar meu lado inspirativo e pensar em várias coisas... sou assim msm.

Daí me dá um "faniquito" e vou pelo muuuundo fazendo um flâneur, huahau.


Então em... vou T dizer algo meio engraçado a meu ver... na verdade, eu pus este nome "Gauche" no blog com um sentido mais político msm. Mas hoje em dia admito q ele me representa E/OUUUU já m representou nos seus outros significados também ... principalmente em relação a isso q Tu falaste, q achei bem bacana.... das idéias prontas que --->às vezes<--- as pessoas afirmam ser verdades só por q está todo mundo aceitando q sejam isso.


Só q no fim, é verdade mesm... q tbm este rótulo de gauche é CONTRADITÓRIO e me incomoda um pouco... rótulos sempre aprisionam um ser deixando o tal fadado a ser sempre assim sem mudar, no micro ou no macro... (ui, será q ñ viajei deveras no pensamento?) rsrs

Gauche gauchíta disse...

E melhor dizendo...bah nada a ver comparar teu panorama com o meu neh KKKKKKKK ... mas acho q posso imaginar um pouco, ñ deve ser nada fácil! Mas boa sorte aí !!!!!!!! :)

Zaw At Ski disse...

Acho que não viajou, não. Está, mesmo, é no camimho (se certo ou se errado, tanto faz). Quanto a comparar as correrias, elas realmente são comparáveis. Eu poderia estar fazendo algo completamente diferente de dar aulas, estudar, escrever artigos e fazer pesquisas e ainda assim me ocuparia a ponto de apagar da minha lista as horas de ócio (criativo, talvez... deve ser o que estamos fazendo aqui: dialética míope em busca de sentidos vagos, sem nos perguntarmos se realmente isso é necessário. Mas a gente continua, porque o necessário cansa!). Bj!

Gauche gauchíta disse...

Bom, eu quase não vejo com quem falar sobre estas coisas msmo. Mas eu, particularmente acho bacana, e válido sim...pensando nisso da necessidade... afinal, de vez em quando acorda um pouco do "sono" da rotina imediatista e a coloca em choque, em risco de mudança... por q se pode pensar q ela tbm não é assim tão necessária em alguns aspectos...

Mas as pessoas têm medo disso...

Creio q o ócio seja tão importante quanto a atividade...claro!!!
Sempre acho q deve ser útil e ter um porquê... (discutível isso, eu sei)

O ócio e o vazio são tão importantes quanto os silêncios em algumas músicas...
assim como o espaço vazio entre as edificações construídas em um terreno...
assim como o silêncio de alguém que te abraça quando tu choras... etc, etc,etc..

Zaw At Ski disse...

é vero! gostei disso!!!