segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

BEM-VINDOS AO CLUBE DA LUTA!!!



"Eu vejo aqui as pessoas mais fortes e inteligentes. Vejo todo esse potencial desperdiçado. A propaganda põe a gente pra correr atrás de carros e roupas. Trabalhar em empregos que odiamos para comprar merdas inúteis. Somos uma geração sem peso na história. Sem propósito ou lugar. Nós não temos uma Guerra Mundial. Nós não temos uma Grande Depressão. Nossa Guerra é a espiritual. Nossa Depressão, são nossas vidas. Fomos criados através da TV para acreditar que um dia seriamos milionários, estrelas do cinema ou astro do rock. Mas não somos. Aos poucos tomamos consciência do fato. E estamos muito, muito putos. Você não é o seu emprego, nem o carro que dirige. Você não é sua conta bancária nem as roupas que usa, você não é o conteúdo de sua carteira, você não é seu câncer de intestino, você não é seu café com leite, você não é sua gatinha vagabunda e imbecil, nem a porra do uniforme que veste. Você é a merda ambulante do Mundo que faz tudo pra chamar a atenção. Nós não somos especiais. Nós não somos uma beleza única. Nós somos da mesma matéria orgânica podre, como todo mundo."


TYLER DURDEN



domingo, 21 de dezembro de 2008

AGOSTO DE 1964

Entre lojas de flores e de sapatos, bares,
mercados, butiques
viajo
num ônibus Estada de Ferro – Leblon
Volto do trabalho, a noite em meio,
fatigado de mentiras.
O ônibus sacoleja. Adeus, Rimbaud,
relógio de lilases, concretismo,
neoconcretismo, ficções de juventude, adeus,
que a vida
eu a compor à vista aos donos do mundo.
Ao peso dos impostos, o verso sufoca,
a poesia agora responde a inquérito policial-militar.
Digo adeus à ilusão
Mas não ao mundo. Mas não à vida,
Meu reduto e meu reino.
Do salário injusto,
da punição injusta,
da humilhação, da tortura,
do terror,
retiramos algo e com ele construímos um artefato
um poema
uma bandeira.

Muito ShoW


Ferreira Gullar(1930): Digo sim


Poderia dizer
que a vida é bela, e muito,
e que a revolução caminha com pés de flor
nos campos do meu país,
com pés de borracha
nas grandes cidades brasileiras
e que meu coração
é um sol de esperanças entre pulmões
e nuvens



Poderia dizer que meu povo
é uma festa só na voz de
Clara Nunes
no rodar
das cabrochas no carnaval
da Avenida.
Mas não. O poeta mente.



A vida nós amassamos em sangue
e samba
enquanto gira inteira a noite
sobre a pátria desigual. A vida
nós a fazemos nossa
alegre e triste, cantando
em meio à fome
e dizendo sim
- em meio à violência e a solidão dizendo
sim -
pelo espanto de beleza
pela fama de Tereza
pelo meu filho perdido
neste vasto continente
por Vianinha ferido
pelo nosso irmão caído



pelo amor e o que ele nega
pelo que dá e que cega
pelo que virá enfim,
não digo que a vida é bela
tampouco me nego a ela:

- digo sim.

domingo, 10 de agosto de 2008

Matizes









 

Indo à morte, matizes mórbidas
Sem crêr no amanhã sem ter do dia o pão
Nem porquê nem amor em suas vidas
Nem arte ou cor, elas nem vidas são

Tons efêmeros, nuances pálidas
Num painel epitáfio em dono
Ninguém sabe suas glórias cálidas
Eles voam sem o direito a terem sono


Mas não há dor tampouco sensação
Quando o propósito é afogado
No mar vazio de toda a multidão


Que esvoaça e queima no fogo infernal
Todo o sonho restante está em chamas
tudo apagado e enterrado é normal


(EU)

Poema sem nome



Você busca se construir por ler de mim
Busca respostas do que está em você
E corre atrás do vento, pois pensa que assim
vai entencer como tratou o seu porquê




Definiu sua dúvida mas não sabe
Errante, deixa de seu corpo e sai então
Entra no meu até onde o início acabe
porém não encontra da sua alma a reflexão



A sua energia vibra em mim mais, mais & mais
Mas eu, oscilante, por você, corro atrás
a achar a luz na escuridão de mim mesmo
Por entre céus e abismos, vagando a esmo


No fundo do dizer de nossos sentidos
você é na minha carne fato e ilusão
sentir que assombra e me leva a locais não idos
onde nunca, almas verão conclusão...

Da última vez


Da última vez em que te senti
Suguei sua dor e me completei
Me deste Tua alma e morri por Ti
Expiramos em êxtase e dancei

Tu acompanhava as minhas formas
eu tocava as tuas e a todas amei
Encontramo- nos em nós mesmos, mas
fomos, somos um só, juíz, réu, lei...

Em delírios, eternas delícias
purgatórios e céu simlutâneos
No fulgor de nossas carícias

No arrebatamento, nossos sopros
entrelacados evanesceram
E fomos fogo e calor em corpos...

(A. N.)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Soneto da Geometria


& mais uma...

Da Coesão de n átomos nasce
De um alinhar de dois pontos surge
De linhas em projeção ou enlace
Se não visível, seu mostrar-se nos urge


Ela é naturalmente material
Formada intencionalmente ou não
Sempre atua, seja no virtual ou real
Mesmo que só em pequena proporção


Seja em infinitas dimensões
Ou em instrumentos concretos
Vém de relativos pensamentos


Mostramos-na com ou sem intento
Pelo inconsciente ou sentimento
Até em indiscernido momento



( Eu )

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Só um aperitivo inicial de meus manuscritos enfadonhos, rsrsr



Bom, esta a seguir... foi por causa de uma aula do Curso de Arquitetura, com o Prof. Pierre, graaaaande figura, quem o conhece "sabe" ( Dãhhh q pleonasmo, mas enfim). O tema era feixe de ondas de luz em ondas do mar. Sei lá o q era pra fazer, matei a aula... mas disseram q era pra escrever sobre isso e aí saiu isto:
§oneto dos Feixe§:
De estruturas alguns feixes de ondas
Inspiram-se quanto aos contornos
Mas em geral as que seguem modas
São as construções, sem adornos
Os feixes não tendem a imitações
Sempre trazem novas visões, planos
Conforme forem as comparações,
milênios valerão menos que anos
Eles são como alusões e inspirações
à mostra expostas na natureza
Por conhecimentos de reflexões
Ao homem vêm novas luzes então
No ver feixes aprendendo deles
e pondo--os em qualquer dimensão
(sim, eu)

Space's Gauche Gauchíta

Aos poucos escrevo minhas doudas, inesperadas e inconstantes relativas teorias da vida privada, pública... inspirados pensamentos... depoimentos pessoais & priiiiiiiincipalmente, sugestões de opiniões a serem discutidas... Blá, blá! Acho q já falei o bastante...