domingo, 3 de abril de 2011

S``o´´L





À luz das barras do dia
Quando acordar-se-vos-ia
Vinha uma manhã sombria
um forte escuro nascia




Então, no dia do talvez
à vista, lívida tez
vendo o que a vida fez
vedastes em avidez
a vista com que vedes


E eu, longe da claridez
levantei-me desta vez
aceitando andar no umbral
onde a verdade é um punhal


Ao olhar, sequer um sinal
de sol advindo a final
 só avindo em modo total
 um truncado perscrutal 
  

É a cegueira na avenida
sujeita desconhecida
sujeita a qualquer ferida
à sujeira da vida 


Entre seres, esbarrante
Indiferentes adiante

a ir como vós, à altivez

e eu  à minha pequenez.

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