quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

ISAMU NOGUCHI & a transcendência


Identifiquei-me "total" com sensações abaixo, amei... ^_^
ESPERANÇA. Pensando no papel que a arte também representa, percebo que em muitos momentos da história ela nos trouxe esperança. Frank Sinatra disse uma vez que se não fosse pela música e seus artistas todo o mundo estaria em trevas. Concordo com ele, e extendo o conceito a todas as manifestações artísticas.
Voltando à esperança, seja apenas um alívio oriundo de um catarse que a arte nos proporciona, que nos permite limpar a fumaça de nossas mentes por um instante e naquele instante, enxergar além, ou algo mais profundo, uma mudança do paradigma interior, a arte vê o futuro, nos ensina sobre o passado e nos avalia no presente.
Confesso que, durante os meses em que escrevi neste espaço de arte do Pôr do Sol, sempre procurei me aproximar do leitor, tentando tornar o pensamento plástico acessível e buscando trazer um outro nome relativamente
conhecido. Estava errado. se me disponho a falar de arte, não pode ser o senso comum do DOMINGÃO DO FAUSTÃO o meu guia. Nada contra o gordinho dos domingos globais, que fique claro, mas a arte não é senso comum... mas sim VOAR...vencer a gravidade... SAIR DA INÉRCIA... da idiotice... DAS MULTIDÕES DE PARVOS para principiar a BRILHARRR na consciência como um sol de meio-dia.
Assim, com estes pensamentos, escolhi a obra de Isamu Noguchi intitulada "Pedra da compreensão espiritual ", de 1962, para ilustração.

" Suspensa no ar como um objeto mágico vencendo a gravidade, uma peça de bronze maçica transpira vitalidade e a presença palpável das forças da natureza. Sua rudeza é apresentada sem escrúpulos como que para afirmar que as qualidades internas da pedra são mais significativas do que qualquer outra coisa que ela pudesse representar se fosse entalhada ou incrustada " .
(Por Gustavo Mutran)
A filosofia budista, presente na obra de Noguchi, atribui tais princípios a objetos naturais. A arte contemporânea também se propõe a ser contemplativa, portanto, permita que o zen de Noguchi o esvazie, caro leitor, de modo que reste apenas a esperança!

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